segunda-feira, janeiro 21, 2013

Um mestre e duas respostas

Zilu perguntou: “quando devo colocar em prática as coisas que aprendi?” Confúcio respondeu: “ainda estou lhe ensinando. Por que esta impaciência de colocar algo em prática? Espere a hora certa”. No momento seguinte, Gongchi perguntou: “quando devo colocar em prática as coisas que aprendi?” “Imediatamente”, respondeu Confúcio. “Mestre, o senhor não age com justiça”, reclamou Zilu. “Congchi sabe tanto quanto eu, e o senhor não o proibiu de agir.” “Um bom pai conhece a essência de seus filhos”, disse Confúcio. “Ele freia aquele que é ousado demais, e empurra o que não sabe andar com as próprias pernas”.

A vida é um ato de fé

Se todos vivessem suas vidas e deixassem que os outros fizessem o mesmo, Deus estaria em cada instante, em cada grão de mostarda, no pedaço de nuvem que se mostra e se desfaz no momento seguinte. Deus está ali, e mesmo assim as pessoas acreditam que é preciso continuar procurando, porque parece simples demais aceitar que a vida é um ato de fé. As palavras de Deus estão escritas no mundo que nos rodeia. Basta prestar atenção ao que acontece em nossa vida para descobrir em qualquer momento do dia onde Ele esconde suas palavras e sua vontade

Diante do espelho

Diante do espelho, reparamos os pequenos detalhes: as mudanças na pele, o cabelo que precisa ser penteado, a escova de dente movendo-se de um lado para o outro. Mas, raramente, olhamos o fundo de nossos olhos. Você já experimentou, diante de um espelho, esquecer os detalhes citados acima – e fazer isto? Com certeza não irá ver quanto é belo. Ou quanto é feio. A imagem irá contar histórias que você não sabe a respeito da pessoa que está do outro lado. E sabe o que é mais curioso? Depois de um certo tempo, você termina descobrindo que a pessoa que lhe devolve o olhar tem um mistério a ser cumprido. Não, não vou tirar de você a experiência do espelho. Faça você mesmo – e descubra.

quarta-feira, dezembro 19, 2012

A parte mais perigosa

Um rei mandou reunir um grupo de sábios para decidir qual era a parte mais importante do corpo. O endocrinologista afirmou que eram as glândulas, porque regulavam as funções; o neurologista disse que era o coração, porque sem ele as glândulas não funcionavam. O nutricionista garantiu que era o estômago, porque, sem alimento, o coração não tinha forças para bater. O mais sábio de todos ouvia tudo em silêncio. Como não chegavam a nenhum acordo, quiseram saber sua opinião. “Todas estas partes são fundamentais para a vida”, disse o mais sábio. “Se faltar uma delas, o corpo morre. Entretanto, a parte mais importante não existe: é o canal imaginário que liga o ouvido a língua. Se este canal estiver com problemas, o homem passa a dizer coisas que não ouviu. E aí, não apenas o corpo morre, mas a alma é condenada para sempre”.

terça-feira, dezembro 11, 2012

Alguém saberia a diferença

Um pai levava seus dois garotos para jogar minigolfe. Na bilheteria, quis saber o preço. “Cinco moedas para os adultos, três para maiores de seis anos. Abaixo de seis anos, a entrada é grátis”. “Um deles tem três, o outro sete. Pago a do mais velho”. “Você é tolo”, disse o bilheteiro. “Podia ter economizado três moedas, dizendo que o mais velho tinha menos de seis; eu nunca saberia a diferença”. “Pode ser, mas os garotos saberiam. E o mau exemplo ficaria gravado para sempre”.

quinta-feira, novembro 01, 2012

Superando os obstáculos

Um famoso mestre sufi foi convidado para dar um curso na Califórnia. O auditório estava repleto às 8 da manhã – hora marcada para começar – quando um dos assistentes subiu ao palco. “O mestre está acordando agora. Tenham paciência”. O tempo foi passando, e as pessoas abandonando a sala. Ao meio-dia, o assistente voltou ao palco, dizendo que o mestre daria a palestra assim que terminasse de conversar com uma bela menina que encontrara. Grande parte da plateia saiu. As quatro da tarde, o mestre surgiu – aparentemente alcoolizado. Desta vez, quase todos saíram; ficaram apenas seis pessoas. “Para vocês eu ensinarei”, disse o mestre, parando de representar o papel de bêbado. “Quem deseja percorrer um caminho longo, tem que aprender que a primeira lição é superar as decepções do início”.

Amaldiçoando

Um feiticeiro mexicano conduz seu aprendiz pela floresta. Embora mais velho, ele caminha com agilidade, enquanto seu aprendiz escorrega e cai a todo instante. O aprendiz blasfema, levanta-se, cospe no chão traiçoeiro, e continua a acompanhar seu mestre. Depois de longa caminhada, chegam a um lugar sagrado. Sem parar, o feiticeiro dá meia-volta e começa a viagem de volta. “Você não me ensinou nada hoje”, diz o aprendiz, levando mais um tombo. “Ensinei sim, mas você parece que não aprende”, responde o feiticeiro. “Estou tentando lhe ensinar como se lida com os erros da vida”. “E como lidar com eles?” “Como deveria lidar com seus tombos. Ao invés de ficar amaldiçoando o lugar onde caiu, devia procurar aquilo que provocou a queda”.

O desenho que seduzia

Um grande sábio sufi passou anos meditando sobre a vida. Para dividir seu conhecimento, fez um desenho numa folha de papel, e mostrou aos seus discípulos. Os seguidores do sábio sufi ficaram tão impressionados com a beleza do trabalho, que mandaram imprimir o desenho numa placa de bronze. Logo a noticia se espalhou, e começaram a vir peregrinos do mundo inteiro, para decifrar cada linha do desenho. Em poucos anos, as pessoas passaram a adorar a placa de bronze, corno se fosse sagrada. “Não é desta maneira que a beleza deve ser vista”, disse o sábio, decepcionado. “Ela deve ajudar o homem a compreender os mistérios de Deus, mas não pode ser a razão da vida”. Imediatamente mandou fundir a placa, e transformou- a em um caldeirão. “Pelo menos, desta maneira o bronze ainda continua belo, mas não perde o seu significado”.

A tentação do justo

Um grupo de demônios procurava entrar na alma de um homem santo que vivia perto do Cairo; já o haviam tentado com mulheres da Núbia, comidas do Egito, tesouros da Líbia, mas nada havia dado resultado. Um dia, Satanás ia passando, e viu o esforço de seus servos. - Vocês não entendem nada – disse Satanás. – Não utilizaram a única tentação que ninguém resiste; vou ensiná-los. Aproximando-se do homem santo, sussurrou em seus ouvidos: - Lembra do padre que estudou com você? Acaba de ser nomeado Bispo de Alexandria. Na mesma hora, o homem santo teve um ataque de raiva, e blasfemou contra a injustiça, a de Deus. - Da próxima vez, usem logo esta tentação – disse Satanás aos servos. – Um homem pode resistir a quase tudo, mas sempre tem inveja da vitória do seu irmão.

Dar também um pouco

Um grupo de estudantes uruguaios estava reunido numa casa de campo, quando o caseiro chegou – contando uma tragédia nas redondezas: uma casa incendiou-se, deixando mãe e filha desabrigadas. Imediatamente, uma das estudantes iniciou uma coleta, para ajudar a família a reconstruir sua casa. Entre os presentes estava um escritor pobre, e a moça resolveu não lhe pedir nada. “Um momento”, disse o escritor, quando ela ia passando adiante. “Também quero contribuir”. No minuto seguinte, escreveu em um papel o que havia acontecido, e colocou-o dentro do pote que estava sendo usado para arrecadar o dinheiro. “Quero dar a todos esta tragédia. Que ela seja sempre lembrada quando pensarmos nos pequenos incidentes de nossas vidas”.

Fugindo do leão

Um grupo de monges – entre eles o grande abade Nicerius – passeava pelo deserto egípcio quando um leão surgiu diante deles. Apavorados, todos se puseram a correr. Anos depois, quando Nicerius estava em seu leito de morte, um dos monges resolveu perguntar: “Abade, lembra-se do dia que encontramos o leão?” Nicerius fez um sinal afirmativo com a cabeça. “Foi a única vez que o vi ter medo”, continuou o monge. “Mas eu não tive medo do leão”. “Então por que correu junto com a gente?” “Achei melhor fugir uma tarde de um animal, que passar o resto da vida fugindo da vaidade”.

A menor constituição do mundo

Um grupo de sábios judeus reuniu-se para tentar criar a menor Constituição do mundo. Se alguém fosse capaz de definir – no espaço de tempo que um homem leva para equilibrar-se em um só pé – as leis que deviam reger o comportamento humano, este seria considerado o maior de todos os sábios. “Deus pune os criminosos”, disse um. Os outros argumentaram que isto não era uma lei, mas uma ameaça; a frase não foi aceita. “Deus é amor”, comentou outro. De novo, os sábios não aceitaram a frase, dizendo que ela não explicava direito os deveres da humanidade. Neste momento, aproximou-se o rabino Hillel. E, colocando-se num só pé, disse: “Não faça com seu próximo aquilo que você detestaria que fizessem com você; esta é a Lei. Todo o resto é comentário jurídico”. E o rabino Hillel foi considerado o maior sábio de seu tempo.

Porque deixar o homem para o sexto dia

Um grupo de sábios reuniu-se num castelo em Akbar, para discutir a obra de Deus; queriam saber por que havia deixado para criar o homem no sexto dia. “Ele pensava em organizar bem o universo, de modo que pudéssemos ter todas as maravilhas a nossa disposição”, disse um. “Ele quis primeiro fazer alguns testes com animais, de modo a não cometer os mesmos erros conosco”, argumentou outro. Um sábio judeu apareceu para o encontro. O tema da discussão lhe foi comunicado: “na sua opinião, por que Deus deixou para criar o homem no último dia?” “Muito simples”, comentou o sábio. “Para que, quando fossemos tocados pelo orgulho, pudéssemos refletir: até mesmo um simples mosquito teve prioridade no trabalho Divino”.

quarta-feira, setembro 26, 2012

John e as visões do inferno

“Talvez Jesus tenha enviado alguns de seus apóstolos ao inferno para salvar almas”, diz John. “Mesmo no pior dos tormentos, nem tudo está perdido”. A ideia me surpreende. Estamos conversando num dos raros bares de Los Angeles. John é bombeiro, e está em seu dia de folga. “Por que você diz isto?”, pergunto. “Porque tenho experimentado o mesmo tormento aqui na terra. Entro no meio de edifícios em chamas, vejo pessoas desesperadas tentando sair, e muitas vezes cheguei a arriscar minha vida para salvá-las. Sou apenas uma partícula neste universo imenso, forçado a agir como herói no meio do fogo e do desespero”. “Se eu – que não sou nada – consigo agir assim, imagine o que Jesus não deve fazer! Com certeza, alguns de seus apóstolos estão infiltrados no inferno, salvando almas”. “Talvez Jesus tenha enviado alguns de seus apóstolos ao inferno para salvar almas”, diz John. “Mesmo no pior dos tormentos, nem tudo está perdido”. A ideia me surpreende. Estamos conversando num dos raros bares de Los Angeles. John é bombeiro, e está em seu dia de folga. “Por que você diz isto?”, pergunto. “Porque tenho experimentado o mesmo tormento aqui na terra. Entro no meio de edifícios em chamas, vejo pessoas desesperadas tentando sair, e muitas vezes cheguei a arriscar minha vida para salvá-las. Sou apenas uma partícula neste universo imenso, forçado a agir como herói no meio do fogo e do desespero”. “Se eu – que não sou nada – consigo agir assim, imagine o que Jesus não deve fazer! Com certeza, alguns de seus apóstolos estão infiltrados no inferno, salvando almas”.

Não questionar a busca

Sri Ramakrisna conta que um homem estava preste a cruzar um rio quando o mestre Bibhishana se aproximou, escreveu um nome numa folha, amarrou-a nas costas do homem, e disse: - Não tenha medo. Sua fé lhe ajudará a caminhar sobre as águas. Mas no instante em que perder a fé, você se afogará. O homem confiou em Bibhishana, e começou a caminhar sobre as águas, sem qualquer dificuldade. A certa altura, porém, teve um imenso desejo de saber o que seu mestre havia escrito na folha amarrada em suas costas. Pegou-a, e leu o que estava escrito: “Ó deus Rama, ajuda este homem a cruzar o rio”. “Só isto?”, pensou o homem. “Quem é esse deus Rama, afinal?” No momento em que a dúvida instalou-se em sua mente, ele submergiu e afogou-se na correnteza.

A reflexão

Texto de um monge do século XIV: Apenas uma pequena parcela de nosso conhecimento está nos tratados, nos livros, nas teses escolásticas. A parte mais importante, porém, habita toda e qualquer alma pura, que se delicia nos mistérios – e bebe da fonte do desconhecido, sem tentar explicá-la. Para conhecer esta fonte, é preciso lembrar-se de coisas da infância, e olhar tudo que se passa a nossa volta com uma visão espiritual, densa, alegre. As pessoas falam de sonhos como algo que se desmancha no ar, como uma nuvem. Se percebessem que a nuvem não se desmancha, mas se transforma e se transmuta em chuva, então entenderiam melhor o que quero dizer.

Jamais ameaçar

Toda vez que uma espada sai da bainha, precisa ser usada. Pode servir para abrir um caminho, ajudar alguém ou afastar o perigo. Mas uma espada é caprichosa, e não gosta de ver sua lâmina exposta sem razão. Por isso, um guerreiro jamais faz ameaças. Ele pode atacar, defender-se ou fugir; qualquer uma destas atitudes faz parte do combate. O que não faz parte do combate é desperdiçar a força de um golpe, falando sobre ele. Um guerreiro está sempre atento aos movimentos de sua espada. Mas não pode esquecer que a espada também presta atenção aos seus movimentos. Ela não foi feita para ser usada com a boca.

Refletindo sobre o passado

Todos nós já tivemos, de uma maneira ou de outra, experiências difíceis na vida. Isto faz parte de nossa viagem por esta Terra – e embora muitas vezes pensamos que “as coisas podiam ter acontecido de outra maneira” – o fato é que não podemos mudar nosso passado. Por outro lado, é uma mentira pensar que tudo que nos acontece tem o seu lado bom; existem coisas que deixam marcas muito difíceis de superar, feridas que sangram muito. Como, então, nos livrarmos de nossas experiências amargas? Só existe uma maneira: vivendo o presente. Entendendo que, embora não possamos mudar o passado, podemos mudar a próxima hora, o que acontecerá durante à tarde, as decisões a serem tomadas antes de dormir. Como diz o velho provérbio hippie: “hoje é o primeiro dia do resto da minha vida”.

Três mulheres e seus filhos

Três mulheres conversam sobre as qualidades de seus filhos. Diz a primeira: - Fico contente que ele tenha decidido seguir o sacerdócio: toda vez que entra em uma sala, as pessoas o olham com respeito e dizem: “ Meu padre!” Os olhos da segunda brilham, e ela comenta: - Pois eu fico mais contente ainda em saber que meu filho não apenas seguiu o sacerdócio, como foi nomeado cardeal. Assim, quando entra em uma sala, as pessoas abaixam respeitosamente a cabeça, beijam sua mão, e dizem: “Sua Graça!” A terceira mulher permanece em silêncio. As outras duas se viram para ela e perguntam: - E seu filho? - Bem, meu filho… ele tem um metro e oitenta, é louro, tem olhos azuis. Toda vez que entra em uma sala, as pessoas olham umas para as outras e dizem: “Meu Deus!”

A respiração infinita

Tudo que existe acima e abaixo, também existe dentro de você. E tudo respira; quando você perceber isso, irá também compreender a arte da paz. Aqueles que a praticam, sabem que são guerreiros protetores da Mãe Natureza, e em cada respiração estão colocando dentro de si o sol e a lua, o paraíso e o mundo, a maré alta e a maré baixa, a primavera e o inverno, o verão e o outono. Todo o aprendizado do homem pode ser resumido na maneira como respira conscientemente. Cada vez que faz isso, compartilha da energia poderosa que sustenta a Criação.

segunda-feira, julho 16, 2012

Antigo site SKOLPK gostava muito! (O mestre e o combate)

O mestre de aikidô exigia treinamentos intensivos, mas jamais liberava seus alunos para competições com outras academias de artes marciais. Todos reclamavam entre si, mas ninguém tinha coragem de comentar o assunto em aula. Até que, certa tarde, um dos rapazes ousou perguntar: “Temos nos dedicado com todo o nosso coração ao estudo de aikidô. Entretanto, jamais saberemos se somos bons ou maus lutadores, porque não podemos enfrentar ninguém de fora”. “Que vocês jamais precisem saber”, respondeu o mestre. “O homem que deseja brigar, perde sua ligação com universo. Nós estamos aqui estudando a arte de resolver os conflitos, e não de iniciá-los”.

Entrada SkolPK (diamante)

O mestre caminhava por um campo de trigo quando o discípulo aproximou-se: ” Não sei como distinguir o verdadeiro caminho. Qual é o segredo?” perguntou. “O que significa este anel no seu dedo direito?”, perguntou o mestre. “Meu pai me deu antes de morrer”, foi a resposta. “Pois me entregue”, disse. O discípulo obedeceu, e o mestre atirou o anel no meio do campo de trigo. “E agora?”, perguntou o discípulo. “Terei que parar tudo o que estava fazendo para procurar o anel! Ele é importante para mim!” “Quando achá-lo, lembre-se: você mesmo respondeu a pergunta que me fez”, disse o mestre. “É assim que se distingue o verdadeiro caminho: ele é mais importante que todo o resto”.

novo site UNIVERSE (O dia e a noite)

O mestre reuniu seus discípulos e perguntou como era possível saber a hora exata em que a noite terminava. - Quando podemos ver o primeiro brilho do sol – responderam todos. - Nada disso. A noite termina quando podemos olhar no rosto de nosso irmão e ver que ele é o nosso próximo. Quando podemos nos levantar da cama sem nenhum remorso do que fizemos no dia anterior. Quando podemos dizer a nós mesmos que, custe o que custar estaremos sempre agindo de acordo com a vontade de Deus. “Enquanto não pudermos fazer isto, continuará sendo noite – mesmo que o sol esteja brilhando lá fora”.

terça-feira, janeiro 10, 2012

A solidão do espantalho (Meu site em construção)

Certa vez, passeando por um campo, um homem viu um espantalho, e comentou : “deves estar cansado de permanecer aí, neste campo solitário, sem nada para fazer”. O espantalho respondeu: “o prazer de afastar o perigo é muito grande, e eu jamais me canso de fazer isto”. O homem concordou: “sim, eu ajo desta maneira, com bons resultados”. E disse o espantalho: “mas só vive espantando coisas, aqueles que estão cheios de palha por dentro”. O homem demorou anos para entender a resposta: quem tem carne e sangue em seu corpo precisa aceitar algumas coisas que não estava esperando. Mas quem não tem nada dentro vive afastando tudo que se aproxima – e nem mesmo as bênçãos de Deus conseguem chegar perto.

O peso da glória (Entrada CrazyPK)

Certo guerreiro recebia uma medalha por cada batalha ganha. Os amigos admiravam sua coragem, e as mulheres adoravam seu carisma. No final de alguns anos, as medalhas eram tantas que cobriam todo o seu uniforme. Numa tarde, no meio de um combate difícil, o guerreiro quase foi atingido pela espada de seu inimigo. “Sempre fui o melhor, e hoje quase perdi”, pensou o guerreiro. Mas logo percebeu o problema: o peso das medalhas não o deixava lutar com agilidade. Jogou a túnica do uniforme no chão, voltou ao campo de batalha, e derrotou seus inimigos. “A vitória pode me dar confiança, mas não pode se transformar em um peso a ser carregado”.

As três coisas (entrada de site SkolPk)

Chen Ziqin perguntou ao filho de Confúcio: “Teu pai te ensina algo que não sabemos?” O outro respondeu: “Não. Uma vez, quando eu estava sozinho, ele perguntou se eu lia poesias. Respondi que não, e ele mandou que lesse algumas, porque abrem na alma o caminho da inspiração divina. Outra vez ele me perguntou se eu praticava os rituais de adoração de Deus. Respondi que não, e ele mandou fazer isto, pois o ato de adorar faria com que entendesse a mim mesmo. Mas nunca ficou me vigiando para ver se eu o obedecia”. Quando Chen Ziqin retirou-se, disse para si mesmo: “Fiz uma pergunta, e obtive três respostas. Aprendi algo sobre as poesias. Aprendi algo sobre os rituais de adoração. E aprendi que um homem honesto nunca fica vigiando a honestidade dos outros”.

segunda-feira, dezembro 12, 2011

Site SourcePT (Quando os anjos falam)


Ninguém é corajoso todo tempo. O desconhecido é um desafio constante, e o medo faz parte da jornada.

O que fazer? Converse consigo mesmo. Fale sozinho. Converse com você, mesmo que os outros achem que você ficou louco. À medida que falamos, uma força interior nos dá segurança para superar os obstáculos que precisam ser vencidos. Aprendemos as lições das derrotas que – inevitavelmente – vamos sofrer. E nos preparamos para as muitas vitórias que farão parte de nossa vida.

E aqui entre nós, aqueles que têm este hábito (entre os quais me incluo) sabem que jamais estão falando sozinhos; o anjo da guarda está ali, escutando e nos ajudando a refletir.

Site PânicoPk ( Reflexão )


Adaptado do livro de Thich Nhat Hanh (“Vivendo Buda, Vivendo Cristo”, Ed. Rocco):

“Em toda tradução religiosa existe uma prática de devoção, e outra de transformação. Devoção significa confiar mais em nós mesmos, e no caminho que seguimos. Transformação é praticar as coisas que este caminho nos impõe.

“Quando você diz: ‘Estou determinado a estudar medicina’, esta frase exerce um impacto na sua vida, mesmo antes de se matricular numa escola. Você vê este passo como algo positivo, e quer avançar em direção a ele. O mesmo acontece em qualquer tradição religiosa.

“A chave é a plena coincidência. Quando você bebe um copo d’água profundamente, com todo o seu ser, a iluminação está presente em sua forma inicial. Estar iluminado, sempre significa ter a visão clara a respeito de alguma coisa”.

Site FrngerPT ( A importância da alegria )


Al Husayn perguntou a Ibn Muhammad:

- Será que o grande profeta de nossa religião, Maomé, sabia contar coisas engraçadas?

Ibn Muhammad respondeu:

- Deus enviou nosso profeta com o dom da alegria. Já havia enviado outros mensageiros antes, que sofreram e falaram a linguagem da dor; Maomé veio para aliviar as penas do seu povo.

“E uma das maneiras que encontrou, foi justamente ensinando-os a brincar e se divertir. Fazia isto para manter seus homens unidos num mesmo ideal e propósito. Meu pai, que conheceu o Profeta, escutou-o dizer: ‘Deus odeia todos aqueles que vivem de cara triste diante de seus amigos’.”

Template teste (Agir ou falar)


Albert Schweitzer (1875-1965), médico e filósofo, viajou para a África em 1913, resolvido a dedicar o resto de sua vida ao trabalho junto às tribos do Gabão. Um ano depois de sua viagem, estourou a Primeira Guerra Mundial, e ele foi procurado por representantes do movimento pacifista; pediam que voltasse para a Europa, a fim de ajudá-los a combater a guerra.

“Estou fazendo o possível para ajudar”, respondeu Schweitzer. “Estou aqui, lutando contra a miséria”.

“Mas, e a humanidade?”, perguntou a comissão de representantes.

“Esta é a humanidade”, respondeu Schweitzer, apontando para seus doentes.

“Isto é o que posso fazer, e representa mais do que discursos de paz. Se eu aliviar a dor de alguns poucos, toda a raça humana se sentirá melhor”.

segunda-feira, setembro 26, 2011

O que significa renunciar (projeto panicopt)



Santo Antão vivia no deserto, quando se aproximou um jovem:

“Padre, vendi tudo que tinha e dei aos pobres. Guardei apenas umas poucas coisas para me ajudar a sobreviver aqui. Gostaria que me ensinasse o caminho da salvação”.

Santo Antão pediu que o rapaz vendesse as poucas coisas que havia guardado, e – com o dinheiro – comprasse carne na cidade. Na volta, devia trazer a carne amarrada em seu corpo.

O rapaz obedeceu. Ao voltar, foi atacado por cachorros e falcões, que queriam um pedaço da carne.

“Eis-me de volta”, disse o rapaz, mostrando o corpo arranhado, mordido, e as roupas em frangalhos.

“Aqueles que dão um passo novo e ainda querem manter um pouco da vida antiga, terminam dilacerados pelo próprio passado”, foi o comentário do santo. “Melhor livrar-se de tudo, antes de dar o próximo passo, e acreditar que pode sobreviver apenas porque teve coragem”.

O passeio do anjo da fé (projeto strondapk)



Sem aviso, descobrimos um dia que o mundo espiritual não desperta o mesmo entusiasmo de antes.

Continuamos rezando e frequentando os cultos, mas não conseguimos nos enganar; o coração não responde, e as palavras parecem não ter sentido.

Se isto acontece com você neste momento, só existe um caminho possível: continue praticando. Faça suas preces por obrigação, ou por medo, ou seja, lá por que motivo for – mas continue fazendo.

O anjo encarregado de recolher suas palavras – e que é também responsável pela alegria da fé – está dando um passeio. Mas volta logo, e só vai saber localizá-lo se escutar uma prece ou um pedido em seus lábios.

Insista, mesmo que tudo pareça inútil. Daqui a pouco o anjo retorna, e o simples barulho de suas asas fará com que tudo volte a ser como era.

domingo, setembro 25, 2011

Busca de um mestre (projeto logo imperial pt)



Todos buscam um mestre perfeito; acontece que os mestres são humanos, embora seus ensinamentos possam ser divinos – e aí está algo que as pessoas custam a aceitar.

Não confundir o professor com a aula, o ritual com o êxtase, o transmissor do símbolo com o símbolo em si mesmo. A tradição está ligada ao encontro com as forças da vida, e não com as pessoas que transmitem isso.

Mas somos fracos: pedimos que a Mãe nos envie guias, quando ela envia apenas os sinais da estrada que precisamos percorrer.

Ai daqueles que buscam pastores, ao invés de ansiar pela liberdade!

O encontro com a energia superior está ao alcance de qualquer um, mas está longe daqueles que transferem sua responsabilidade para os outros.

Nosso tempo nesta terra é sagrado, e devemos celebrar cada momento.

(logo em fase de comercialização)

contato: msn olhodetandera@hotmail.com

segunda-feira, agosto 29, 2011

lSaiba o que deseja atingir


O yogue Raman era um verdadeiro mestre na arte do arco e flecha. Certa manhã, ele convidou seu discípulo mais querido para assistir uma demonstração do seu talento. O discípulo já vira aquilo mais de cem vezes, mas – mesmo assim – resolveu obedecer ao mestre.
Foram para o bosque ao lado do mosteiro: ao chegarem diante de um belo carvalho, Raman pegou uma das flores que trazia em seu colar, e a colocou um dos ramos da árvore.
Em seguida, abriu seu alforje, e retirou três objetos: seu magnífico arco de madeira preciosa, uma flecha, e um lenço branco, bordado com desenhos em lilás.
O yogue então posicionou-se a uma distância de cem passos do local onde havia colocado a flor. De frente para o seu alvo, pediu que seu discípulo o vendasse com o lenço bordado.
O discípulo fez o que o mestre ordenara.
“Quantas vezes você já me viu praticar o nobre a antigo esporte do arco e flecha?” – perguntou.
“Todos os dias”, respondeu o discípulo. “E sempre o vi acertar na rosa, a uma distância de trezentos passos”.
Com seus olhos cobertos pelo lenço, o yogue Raman firmou os seus pés na terra, distendeu o arco com toda a sua energia – apontando na direção da rosa colocada num dos ramos do carvalho – e disparou.
A flecha cortou o ar, provocando um ruído agudo, mas nem sequer atingiu a árvore, errando o alvo por uma distância constrangedora.
“Acertei? “disse Raman, retirando o lenço que cobria seus olhos.
“O senhor errou – e por uma grande margem” respondeu o discípulo. “Achei que ia mostrar-me o poder do pensamento, e sua capacidade de fazer mágicas”.
“Eu lhe dei a lição mais importante sobre o poder do pensamento”, respondeu Raman. “Quando desejar uma coisa concentre-se apenas nela: ninguém jamais será capaz de atingir um alvo que não consegue ver”.

Voltando a postar! O matador de dragões


huangzi, um célebre autor chinês, conta a história de Zhu Pingman, que foi procurar um mestre para aprender a melhor maneira de matar dragões.

O mestre treinou Pingman por dez anos seguidos, até que este conseguiu desenvolver – à perfeição – a técnica mais sofisticada de matar dragões.

A partir daí, Pingman passou o resto da vida procurando dragões, a fim de que pudesse mostrar a todos sua habilidade: para sua decepção, nunca encontrou nenhum.

O autor da história comenta: “todos nós nos preparamos para matar dragões, e terminamos sendo devorados pelas formigas dos detalhes, as quais nunca prestamos atenção”.

CrazyPk Pristontale! (vicio) kkk

quinta-feira, outubro 08, 2009

A barganha




Na antiga Roma, um grupo de feiticeiras conhecidas como Sibilas escreveu nove livros contando o futuro de Roma. Levaram os nove livros para Tibério.

“Quanto custa?”, perguntou o imperador de Roma.

“Cem moedas de ouro”, responderam as Sibilas.

Indignado, Tibério expulsou-as. As Sibilas queimaram três livros e voltaram.

“Continuam custando cem moedas”, disseram.

Tibério riu, e não aceitou: pagar por seis livros o mesmo que pagaria por nove?

“As Sibilas queimaram mais três livros, e voltaram com os três restantes.

“Continuam custando cem moedas de ouro”, disseram.

Tibério, mordido pela curiosidade, terminou por pagar, mas só conseguiu ler parte do futuro de seu império.

Diz o mestre: “faz parte da arte de viver, não barganhar com a oportunidade”.

segunda-feira, agosto 10, 2009

Os dias impossíveis




Existem apenas dois dias onde é impossível fazer qualquer coisa: ontem e amanhã. O resto – ou seja, hoje – nos dá todas as ferramentas necessárias para conseguir aquilo que desejamos.

A magia está cheia de coisas como “voltar às vidas passadas” ou “profecias sobre o futuro que nos espera”. Eu, por curiosidade, já vi duas encarnações passadas. Mas tal experiência não me acrescentou nada (talvez tenha reforçado um pouco da minha fé na Eternidade, mas foi tudo). Renascer para o presente – isso é o que precisamos fazer todos os dias.

Como disse Albert Einstein: “cem vezes por dia eu me lembro que minha vida interior e minha vida exterior dependem do trabalho que outros homens estão fazendo agora. Por causa disso, preciso me esforçar para retribuir pelo menos uma parte desta generosidade – e não posso deixar nenhum minuto vazio”.

terça-feira, julho 28, 2009

Amor de Deus


Jesus disse: “Meu amor é mais forte”.

A luz do Amor dissipa as trevas da culpa, nos mantêm firmes. Faz com que aceitemos o Amor de Deus por nós, nos mostra nosso amor por nós mesmos e nos obriga a procurar o amor do próximo. Mesmo com medo da rejeição, dos olhares severos, da dureza do coração de alguns – faz com que jamais desistamos de procurar o Amor.

Não estamos sós. O mundo se transforma, e nós somos parte desta transformação. Os anjos nos guiam e nos protegem. Apesar de todas as injustiças, apesar de coisas que não merecemos acontecerem conosco, apesar de nos sentirmos incapazes de mudar o que está errado na gente e no mundo, o Amor ainda é mais forte, e nos ajudará a crescer. E só então seremos capazes de entender estrelas, anjos e milagres.

sexta-feira, julho 24, 2009

Saudade...


Bateu, uma saudade do meu amor, minha tristesa se encheu de flor e fez da vida um paraiso, fiquei na esperança de te encontrar, vivo a lembrança do teu olhar e a doçora do teu sorriso. Eu sei que fui culpado por te perder, eu nao queria me arrepender, mais estou mais do que arrependido. Quero de volta pra mim o sabor do teu beijo, nao sei se ainda sou o desejo do teu coraçao, mas a minha felicidade vai depender do teu perdao. Volta coraçao...

Minha luz


Minha luz vai brilhar, se voce acender com teu amor,
eu vou abrir meu peito e me entregar, te abraçar e acabar de vez com meu penar.
Se voce me amar, eu prometo ficar, nos braços teus eu vou fechar os olhos para mergular no imenso mar, na grandeza desse seu olhar. Na certeza de que encontrei, o amor, um amor que tanto procurei, eu vou brindar ao sol em proul da luz, que iluminou o meu mundo e fez o ceu clariar, na grandeza desse seu olhar.

quinta-feira, julho 23, 2009

Perseverança e teimosia


Diz o “I Ching”, o livro chinês das mutações humanas: “a perseverança é favorável”.

Mas a perseverança nada tem a ver com insistência.

Existem épocas em nossas vidas que os combates se prolongam além do necessário, exaurindo forças e enfraquecendo o entusiasmo.

Nestes momentos, vale a pena considerar: uma guerra prolongada termina destruindo o próprio pais vitorioso. Então, nada melhor que uma trégua, antes que nossa energia fique tão desgastada que já não conseguiremos recuperá-la.

Perseveramos em nossa vontade, mas aguardamos uma ocasião mais favorável para retornar à luta. Porque um homem de honra sempre volta a luta nunca por teimosia, mas porque percebeu a mudança no tempo.

terça-feira, julho 21, 2009

A certeza, a escolha e a dúvida


Buda estava reunido com seus discípulos certa manhã, quando um homem se aproximou:

“Existe Deus?”, perguntou.

“Existe”, respondeu Buda.

Depois do almoço aproximou-se outro homem.

“Existe Deus?”, quis saber.

“Não, não existe”, disse Buda.

No final da tarde, um terceiro homem fez a mesma pergunta:

“Existe Deus?”

“Você terá que decidir”, respondeu Buda.

Assim que o homem foi embora, um discípulo comentou, revoltado:

“Mestre, que absurdo! Como o senhor dá respostas diferentes para a mesma pergunta?”

“Porque são pessoas diferentes, e cada uma chegará a Deus por seu próprio caminho. O primeiro acreditará em minha palavra. O segundo fará tudo para provar que eu estou errado. E o terceiro só acredita naquilo que é capaz de escolher por si mesmo”.

sexta-feira, julho 17, 2009

Página em construção


Deus deixou várias coisas para terminar, de modo que o homem possa exercer suas habilidades.

Deixou a eletricidade na nuvem e o óleo no fundo da terra.

Criou os rios sem pontes, as florestas sem estradas, os campos sem casas.

Deixou as pinturas do lado de fora dos quadros, os sentimentos para serem descritos, as montanhas para serem conquistadas, os problemas para serem resolvidos.

Deus deixou várias coisas para terminar, de modo que o homem possa compartilhar a alegria da criação.

terça-feira, junho 30, 2009

Vá em busca da chama


Lao Shi perguntou a seu mestre, Wang Tei:

- O que devo fazer para ficar mais próximo de Deus?

Wang Tei pediu que ele o acompanhasse até o alto de uma montanha. Ali, tirou uma vela do bolso e deu para que seu dis­cípulo acendesse.

Lao Shi tentou várias vezes, sem resultado.

- Aqui venta muito, não vou conseguir.

- Mas, a três quilômetros daqui não está ventando.

- De que adianta? Eu precisaria andar até lá, se quisesse acender a vela num lugar onde não está ventando.

- Da mesma maneira, para iluminar a chama de Deus dentro de você, é preciso caminhar até Ele.

Desafio


As profundas transformações, tanto no ser humano como na sociedade, ocorrem em períodos de tempo muito reduzidos. Quando menos esperamos, a vida coloca diante de nós um desafio para testar nossa coragem e nossa vontade de mudança: neste momento, não adianta fingir que ainda não estamos prontos.

O desafio não espera. A vida não olha para trás. Uma semana é tempo mais que suficiente para sabermos decidir se aceitamos ou não o nosso destino.

Se eu pudesse ser Deus


A história é atribuída ao grande rabino Bal Shen Tov.

Conta-se que ele estava no topo de uma colina, com um grupo de estudantes, quando viu um grupo de cossacos atacarem a cidade e começarem a massacrar as pessoas.

Vendo muitos de seus amigos, lá embaixo, morrendo e pedindo misericórdia, o rabino exclamou:

“Ah, se eu pudesse ser Deus!”

Um discípulo, chocado, virou-se para ele:

“Mestre, como ousa proferir uma blasfêmia destas? Quer dizer que, se o senhor fosse Deus, ia agir de maneira diferente? Quer dizer que o senhor acha que Deus muitas vezes faz o que é errado?”

O rabino olhou nos olhos do discípulo, e disse:

“Deus sempre está certo. Mas se eu pudesse ser Deus, eu saberia entender o que está acontecendo”.

Eva e a solidão (para lanny)


Eva caminhava pelos jardins do Paraíso com uma expressão bastante deprimida.

Neste momento, ouviu a voz de Deus, que perguntava: “ O que está errado em sua vida?”

Eva respondeu que não tinha ninguém com quem conversar.

Deus, que gostaria de vê-la contente, disse que poderia criar um companheiro, a qual daria o nome de “homem”.

“Farei o melhor possível para que você não fique sozinha”, continuou Deus. “Mesmo assim não prometo muito, já que você recebeu o melhor, e não devo fazer duas coisas iguais. Esta nova criatura será incompleta, com uma costela a menos. Mentirá muito, e quando sentir-se inseguro terá uma atitude arrogante”.

“Nenhuma qualidade?”

“Estou pensando. Talvez, para que você não tenha que se preocupar com alimentação, ele será mais hábil na hora de correr atrás dos animais. Entretanto, não fique impressionada se, antes de entregá-los para serem comidos, você tenha que escutar uma série de histórias sobre sua destreza e coragem”.

“Pelo menos, irá matar também a monotonia deste Paraíso”, disse Eva.

“Concordo, mas ele será muito infantil, e encontrará prazeres em coisas estúpidas, como brigas e pontapés em uma bola”.

“Mesmo assim, ainda é melhor do que ficar sozinha o dia inteiro”, insistiu Eva.

Deus pensou, pensou de novo, e disse finalmente: “Está bem. Mas, como além de tudo ele será muito vaidoso, preciso estabelecer uma condição”.

“E qual é esta condição?”

“Você terá que deixar que ele acredite que foi criado primeiro”.

O Amor


Existe sempre no mundo uma pessoa que espera a outra, seja no meio de um deserto ou no meio das grandes cidades.

E quando essas pessoas se cruzam, e os seus olhos se encontram, todo o passado e todo o futuro perdem qualquer importância, e só existe aquele momento e aquela certeza incrível de que todas as coisas debaixo do Sol foram escritas pela mesma Mão.

A Mão que desperta o Amor, e que fez uma alma gêmea para cada pessoa que trabalha, descansa e busca tesouros debaixo do Sol.

Porque sem isto não haveria qualquer sentido para os sonhos da raça humana.

A vida!


A vida é como uma grande corrida de bicicleta. cuja meta é cumprir a Lenda Pessoal.

Na largada, estamos juntos, compartilhando camaradagem e entusiasmo. Mas, à medida que a corrida se desenvolve, a alegria inicial cede lugar aos verdadeiros desafios: o cansaço, a monotonia, as dúvidas quanto à própria capacidade.

Reparamos que alguns amigos desistiram do desafio, ainda estão correndo, mas apenas por que não podem parar no meio de uma estrada; eles são numerosos, pedalam ao lado do carro de apoio, conversam entre si, e cumprem uma obrigação.

Terminamos por nos distanciar deles; e então somos obrigados a enfrentar a solidão, as surpresas com as curvas desconhecidas, os problemas com a bicicleta.

Perguntamo-nos finalmente se vale a pena tanto esforço. Sim, vale. É só não desistir.

SWAT Police


“Deus é um artista. Ele inventou a girafa, o elefante, a formiga. Na verdade, Ele nunca procurou seguir um estilo. Simplesmente foi fazendo tudo aquilo que tinha vontade de fazer”.

Diz o mestre:
“Quando começamos a percorrer nosso caminho, um grande pavor nos acontece; sentimo-nos obrigados a fazer tudo certinho. Afinal, já que cada um tem uma vida única, quem inventou o padrão do ‘tudo certinho?’ Deus fez a girafa, o elefante e a formiga. Por que precisamos seguir um modelo?”

O modelo só serve para mostrar como os outros definiam suas próprias realidades. Muitas vezes admiramos os modelos dos outros, e muitas vezes podemos evitar erros que outros já cometeram.

Mas quanto a viver – bem, isto só nós temos competência para tanto.