quarta-feira, janeiro 23, 2008

A morte como madrinha


Um carvoeiro, apavorado pela idéia de morrer, resolveu convidar a morte para madrinha do filho. “Assim ela não me leva, pois terá que cuidar de meu filho”, pensava o carvoeiro.

Realmente ele viveu muitos anos, mas um dia a Morte precisou buscá-lo; para não pegá-lo de surpresa, avisou de sua visita com antecipação; assim o carvoeiro podia tomar as providências que precisava. O homem ficou apavorado - e, no dia marcado, disfarçou-se de mendigo e foi para a rua.

A morte chegou.

“Meu marido não está em casa”, disse a mulher do carvoeiro.

“Ainda bem! Vou levar aquele pobre mendigo ali na rua, e Deus não vai reclamar”.

E o carvoeiro foi carregado pela morte.

Da festa


Bem, pode ser que você esteja achando que não foi convidado para a festa da vida. Você acha que está todo mundo se divertindo, que todos encontraram seu par, que a música está excelente, mas o porteiro lhe barrou na entrada.

“A vida é uma grande alegria” - você pensa – “mas para os outros. Ninguém me mandou convite, ninguém telefonou pedindo para que eu comparecesse”.

Até que, um dia, você resolve entrar de qualquer maneira. Chega lá dentro, vê aquela animação toda – e… não conhece ninguém. Fica mais triste ainda. E, quando – num milagre absolutamente inesperado – alguém lhe convida para dançar, você não consegue dar um passo certo.

Você já se sentiu – ou está se sentindo assim? Bom, então saiba que 99,99% das pessoas se sentem como você. A tal festa não existe; lá dentro não está acontecendo nada. Por que não começar – hoje, agora – o baile na rua?

terça-feira, janeiro 22, 2008

O centésimo nome


Um estudante pediu a um mestre que lhe revelasse o quinto nome de Deus.

- “Quem conhece este nome, é capaz de mudar a História” - comentou.

O mestre pediu que passasse um dia inteiro na porta da cidade. O rapaz obedeceu, e voltou no dia seguinte.

- “O que você viu?” - perguntou o mestre.

- Um velho tentou entrar na cidade com um carneiro para vender. O guarda cobrou um imposto, mas o homem não tinha dinheiro. Então o guarda roubou-lhe o carneiro e expulsou-o. Eu pensava: se soubesse o nome oculto de Deus, seria capaz de modificar esta situação.

- “Você podia ter impedido esta injustiça - mas preferiu ficar sonhando com uma revelação. Que tolice! Pois bem, vou revelar-lhe o quinto nome de Deus: ação em favor dos outros. Só assim podemos mudar a História”.

segunda-feira, janeiro 21, 2008

As cartas apaixonadas


Um guerreiro apaixonou-se pela filha do seu general. No intervalo das batalhas, escrevia cartas apaixonadas - mas ficava com medo de enviá-las, pois os agentes do general podiam descobrir seu conteúdo. Finalmente achou um mensageiro de confiança - e mandou um bilhete à sua amada, implorando um encontro.

Logo recebeu a resposta: a moça conseguiria escapar da vigilância de seu pai por duas horas. Entusiasmado, o guerreiro levou consigo todas as cartas de amor que havia escrito. Assim que a viu, tirou-as do bolso, e começou a ler suas declarações de amor em voz alta. Quando terminou, duas horas já haviam passado, e a moça teve que voltar para casa.

Preocupado em mostrar o quanto a amava, o guerreiro não conseguiu amá-la de verdade.

terça-feira, janeiro 15, 2008

Cara Valente


Não, ele não vai mais dobrar, Pode até se acostumar...Ele vai viver sozinho
Desaprendeu a dividir.
Foi escolher o mau-me-quer Entre o amor de uma mulher E as certezas do caminho
Ele não pôde se entregar E agora vai ter de pagar com o coração...
Olha lá, ele não é feliz
Sempre diz Que é do tipo cara valente
Mas, veja só A gente sabe Esse humor é coisa de um rapaz Que sem ter proteção
Foi se esconder atrás Da cara de vilão
Então, não faz assim, rapaz, Não bota esse cartaz A gente não cai, não...
Ê! Ê! Ele não é de nada
Oiá!!!
Essa cara amarrada É só Um jeito de viver na pior
Ê! Ê! Ele não é de nada
Oiá!!!
Essa cara amarrada É só Um jeito de viver nesse mundo de mágoas

Amaldiçoando à toa


Um feiticeiro mexicano conduz seu aprendiz pela floresta. Embora mais velho caminha com agilidade, enquanto seu aprendiz escorrega e cai a todo instante.

O aprendiz blasfema, levanta-se, cospe no chão traiçoeiro, e continua a acompanhar seu mestre.

Depois de longa caminhada, chegam a um lugar sagrado. Sem parar, o feiticeiro dá meia-volta e começa a viagem de volta.

“Você não me ensinou nada hoje”, diz o aprendiz, levando mais um tombo.

“Ensinei sim, mas você parece que não aprende”, responde o feiticeiro. “Estou tentando lhe ensinar como se lida com os erros da vida”.

“E como lidar com eles?”

“Como deveria lidar com seus tombos. Ao invés de ficar amaldiçoando o lugar onde caiu, devia procurar aquilo que provocou a queda”.

quinta-feira, janeiro 10, 2008

Ingenuidade


a filha de um amigo meu disse certo dia: papai, não é uma surpresa que eu exista?

As crianças sabem intuitivamente como é milagrosa a vida. Nós também sabemos – porque ainda somos crianças, e este nosso lado infantil não morrerá nunca. Podemos esquecer a ingenuidade, trancá-la, dar-lhe um ar de seriedade e respeito, mas ela continuará existindo enquanto vivermos.

É melhor aceitá-la.

Quando aprendemos a lição de nossos dias, precisamos combinar o entusiasmo infantil com a sabedoria da experiência. Para isto, é necessário “nascer de novo”, como dizia Jesus.

Se hoje fosse o primeiro dia de sua vida, o que você estaria fazendo?

segunda-feira, janeiro 07, 2008

lanny


Quando você conseguir superar graves problemas de relacionamento, não se detenha na lembrança dos momentos difíceis, mas na alegria de haver atravessado mais esta prova em sua vida. Quando escapar de um acidente grave, não fique pensando no trauma que ele causou, mas no milagre que lhe ajudou a sair ileso. Quando saíres de um longo tratamento de saúde, não pensa no sofrimento que foi necessário enfrentar, mas na benção de Deus que permitiu a cura.
Leva na sua memória, para o resto da tua vida, as coisas boas que surgiram no meio das dificuldades. Elas serão uma prova de sua capacidade em vencer as provas, e lhe darão confiança na presença Divina, que nos auxilia em qualquer situação, em qualquer tempo, diante de qualquer obstáculo.


Paulo Roberto (1º post 2008)