quarta-feira, setembro 26, 2012

John e as visões do inferno

“Talvez Jesus tenha enviado alguns de seus apóstolos ao inferno para salvar almas”, diz John. “Mesmo no pior dos tormentos, nem tudo está perdido”. A ideia me surpreende. Estamos conversando num dos raros bares de Los Angeles. John é bombeiro, e está em seu dia de folga. “Por que você diz isto?”, pergunto. “Porque tenho experimentado o mesmo tormento aqui na terra. Entro no meio de edifícios em chamas, vejo pessoas desesperadas tentando sair, e muitas vezes cheguei a arriscar minha vida para salvá-las. Sou apenas uma partícula neste universo imenso, forçado a agir como herói no meio do fogo e do desespero”. “Se eu – que não sou nada – consigo agir assim, imagine o que Jesus não deve fazer! Com certeza, alguns de seus apóstolos estão infiltrados no inferno, salvando almas”. “Talvez Jesus tenha enviado alguns de seus apóstolos ao inferno para salvar almas”, diz John. “Mesmo no pior dos tormentos, nem tudo está perdido”. A ideia me surpreende. Estamos conversando num dos raros bares de Los Angeles. John é bombeiro, e está em seu dia de folga. “Por que você diz isto?”, pergunto. “Porque tenho experimentado o mesmo tormento aqui na terra. Entro no meio de edifícios em chamas, vejo pessoas desesperadas tentando sair, e muitas vezes cheguei a arriscar minha vida para salvá-las. Sou apenas uma partícula neste universo imenso, forçado a agir como herói no meio do fogo e do desespero”. “Se eu – que não sou nada – consigo agir assim, imagine o que Jesus não deve fazer! Com certeza, alguns de seus apóstolos estão infiltrados no inferno, salvando almas”.

Não questionar a busca

Sri Ramakrisna conta que um homem estava preste a cruzar um rio quando o mestre Bibhishana se aproximou, escreveu um nome numa folha, amarrou-a nas costas do homem, e disse: - Não tenha medo. Sua fé lhe ajudará a caminhar sobre as águas. Mas no instante em que perder a fé, você se afogará. O homem confiou em Bibhishana, e começou a caminhar sobre as águas, sem qualquer dificuldade. A certa altura, porém, teve um imenso desejo de saber o que seu mestre havia escrito na folha amarrada em suas costas. Pegou-a, e leu o que estava escrito: “Ó deus Rama, ajuda este homem a cruzar o rio”. “Só isto?”, pensou o homem. “Quem é esse deus Rama, afinal?” No momento em que a dúvida instalou-se em sua mente, ele submergiu e afogou-se na correnteza.

A reflexão

Texto de um monge do século XIV: Apenas uma pequena parcela de nosso conhecimento está nos tratados, nos livros, nas teses escolásticas. A parte mais importante, porém, habita toda e qualquer alma pura, que se delicia nos mistérios – e bebe da fonte do desconhecido, sem tentar explicá-la. Para conhecer esta fonte, é preciso lembrar-se de coisas da infância, e olhar tudo que se passa a nossa volta com uma visão espiritual, densa, alegre. As pessoas falam de sonhos como algo que se desmancha no ar, como uma nuvem. Se percebessem que a nuvem não se desmancha, mas se transforma e se transmuta em chuva, então entenderiam melhor o que quero dizer.

Jamais ameaçar

Toda vez que uma espada sai da bainha, precisa ser usada. Pode servir para abrir um caminho, ajudar alguém ou afastar o perigo. Mas uma espada é caprichosa, e não gosta de ver sua lâmina exposta sem razão. Por isso, um guerreiro jamais faz ameaças. Ele pode atacar, defender-se ou fugir; qualquer uma destas atitudes faz parte do combate. O que não faz parte do combate é desperdiçar a força de um golpe, falando sobre ele. Um guerreiro está sempre atento aos movimentos de sua espada. Mas não pode esquecer que a espada também presta atenção aos seus movimentos. Ela não foi feita para ser usada com a boca.

Refletindo sobre o passado

Todos nós já tivemos, de uma maneira ou de outra, experiências difíceis na vida. Isto faz parte de nossa viagem por esta Terra – e embora muitas vezes pensamos que “as coisas podiam ter acontecido de outra maneira” – o fato é que não podemos mudar nosso passado. Por outro lado, é uma mentira pensar que tudo que nos acontece tem o seu lado bom; existem coisas que deixam marcas muito difíceis de superar, feridas que sangram muito. Como, então, nos livrarmos de nossas experiências amargas? Só existe uma maneira: vivendo o presente. Entendendo que, embora não possamos mudar o passado, podemos mudar a próxima hora, o que acontecerá durante à tarde, as decisões a serem tomadas antes de dormir. Como diz o velho provérbio hippie: “hoje é o primeiro dia do resto da minha vida”.

Três mulheres e seus filhos

Três mulheres conversam sobre as qualidades de seus filhos. Diz a primeira: - Fico contente que ele tenha decidido seguir o sacerdócio: toda vez que entra em uma sala, as pessoas o olham com respeito e dizem: “ Meu padre!” Os olhos da segunda brilham, e ela comenta: - Pois eu fico mais contente ainda em saber que meu filho não apenas seguiu o sacerdócio, como foi nomeado cardeal. Assim, quando entra em uma sala, as pessoas abaixam respeitosamente a cabeça, beijam sua mão, e dizem: “Sua Graça!” A terceira mulher permanece em silêncio. As outras duas se viram para ela e perguntam: - E seu filho? - Bem, meu filho… ele tem um metro e oitenta, é louro, tem olhos azuis. Toda vez que entra em uma sala, as pessoas olham umas para as outras e dizem: “Meu Deus!”

A respiração infinita

Tudo que existe acima e abaixo, também existe dentro de você. E tudo respira; quando você perceber isso, irá também compreender a arte da paz. Aqueles que a praticam, sabem que são guerreiros protetores da Mãe Natureza, e em cada respiração estão colocando dentro de si o sol e a lua, o paraíso e o mundo, a maré alta e a maré baixa, a primavera e o inverno, o verão e o outono. Todo o aprendizado do homem pode ser resumido na maneira como respira conscientemente. Cada vez que faz isso, compartilha da energia poderosa que sustenta a Criação.