segunda-feira, novembro 10, 2008

Medo


O medo não é sinal de covardia. Muito pelo contrário, é ele que nos dá possibilidade de agir com bravura e dignidade diante das situações da vida.

Quem sente medo e, apesar disso, segue adiante, sem deixar-se intimidar, está dando uma prova de valentia. Quem, entretanto, enfrenta situações arriscadas sem dar-se conta do perigo, demonstra apenas irresponsabilidade.

O jovem Napoleão tremia como vara verde, durante os ferozes bombardeios no cerco de Toulon. Um soldado, vendo-o assim, comentou com os outros: “reparem como ele está morto de medo!”

“Sim”, respondeu Napoleão. “Mas continuo combatendo. Se você sentisse a metade do pavor que estou sentindo, já teria fugido há muito tempo”.

barulho das ondas


O menino chegou na praia onde um templo cheio de sinos afundara no mar. Os pescadores diziam que, o movimento da água fazia os sinos tocarem, e era possível escutá-los. Ele ficou dias seguidos concentrado em qualquer ruído diferente do som das ondas e as gaivotas. Em algumas semanas, podia filtrar estes sons, mas não escutava os sinos. Os pescadores insistiam: “é possível!”. Mas o garoto não conseguiu, e resolveu voltar para casa.

Aproximou-se do oceano, para despedir-se. Olhou mais uma vez a natureza, e - como não estava mais preocupado com sinos - viu como era belo o ruído dos pássaros e das ondas. Sentiu-se descansado, agradeceu por estar vivo. E então, porque escutava o mar e as gaivotas, ouviu também o primeiro sino. E outro. E mais outro, até que todos os sinos do templo afundado tocaram para o seu deleite e alegria.

Do exemplo


O imperador ouviu falar que Confúcio estava numa hospedaria, e mandou alguém convidá-lo para um encontro.

O mestre aceitou, e durante três dias ficou hospedado no palácio.

No final do terceiro dia, o imperador reuniu sua corte, e chamou-o.

“Estamos aqui para escutar seus ensinamentos”, disse.

Confúcio respondeu: “a primeira coisa importante é saber o que perguntar. Só quem sabe o que deseja, pode aprender algo”.

O imperador refletiu sobre a pergunta a ser feita, e então disse: “quero saber o que é preciso fazer para governar bem”.

“Dê o exemplo”.

“Só isto?”

“E não relaxe”, disse o mestre. “Só isto”.

O perdão


O perdão é uma estrada de mão dupla.

Sempre que perdoamos alguém, estamos também perdoando a nós mesmos.

Se somos tolerantes com os outros, fica mais fácil aceitar nossos próprios erros.

A partir daí, sem culpa e sem amargura, conseguimos melhorar nossa atitude diante da vida.

Pedro perguntou a Cristo: “Mestre, devo perdoar sete vezes meu próximo?”

E Cristo respondeu: “não apenas sete, mas setenta vezes”.

Quando - por fraqueza - permitimos que o ódio, a inveja, a intolerância fiquem vibrando ao nosso redor, terminamos nos consumindo nesta vibração. O ato de perdoar limpa o plano astral, e nos mostra a verdadeira luz da Divindade.