domingo, setembro 30, 2007

A segunda chance


Cansado de tanto trabalho duro um homem rico que levou toda sua vida juntando dinheiro, recebe a noticia do seu médico de esta no final de sua vida.
Ao receber a noticia se apressou a contar a seu unico filho seu triste final:
-Filho, eis que a minha hora esta chegando, tudo o que tenho deixo para ti, minha casa, todo o meu dinheiro serão teus.
Mais sei que você não será capaz de honrar toda a minha herança, por isso deixarei aqui nos fundos de nossa casa esta forca, para que quando você chegar ao fundo do poço lembre-se de minhas palavras.

Após alguns dias o homem veio a falecer.
E como havia previsto seu filho usou sua herança ao máximo. Teve todo o tipo de divertimento que o dinheiro pode comprar, sem perceber que estava acabando com os seus recursos.
Após alguns anos sem dinheiro, afundado em dividas, se lembrou das palavras de seu pai:
-Pai o Sr. tinha razão, não soube te ouvir e o que me resta agora é esta forca.
Então vendo que não havia mais saida o jovem se atou em sua forca e se jogou...
Naquele momento o teto que segurava a forca se abriu, e dele caiu as joias da familia que estavam escondidas com um bilhete:
-Meu filho, eis a sua segunda chance.

sábado, setembro 29, 2007

Como aproveitar as circunstâncias


Um caipira ganhou três cachorros...Alegre, amarrou-os atrás do carro de bois, e resolveu levá-los para a fazenda onde vivia.

O primeiro cão era puxado à força; mordia a corda, caía, arrastava-se pelo chão. O segundo resignou-se, e seguiu o carro de bois. O terceiro, porém, pulou para dentro da carroça, resolveu dormir, e chegou descansado ao seu destino.

“Quando resistir é inútil, o melhor é adaptar-se”.
“O mais sábio é sempre aquele que consegue tirar proveito das circunstâncias inevitáveis, e fazer com que elas funcionem a seu favor”.

sexta-feira, setembro 28, 2007

Tentando controlar a alma


Muitas vezes achamos que podemos controlar o amor. E, neste momento, nos surpreendemos fazendo uma pergunta complemente inútil: "será que vale mesmo a pena?”

O amor não respeita esta pergunta. O amor não se deixa avaliar como uma mercadoria. Um dos personagens da peça "A Boa Alma de Setzuan", de Bertold Brecht, nos fala da verdadeira entrega:

"Quero estar junto da pessoa que amo. Não quero saber quanto isto vai me custar. Não quero saber se isto vai ser bom ou ruim para minha vida. Não quero saber se esta pessoa me ama ou não. Tudo que preciso, tudo que quero, é estar perto da pessoa que amo”.

quinta-feira, setembro 27, 2007

O valor da palavra


Jesus dizia: "que o seu sim seja sim, e que o seu não seja não". Se você assumiu uma responsabilidade, vá até o final. Mantenha sua palavra, porque ela é preciosa.

Cada vez que sua palavra é honrada por seus gestos, ela se torna mais forte. Quando você dignifica sua relação com os outros, dignifica também sua relação com você.

Os que prometem - e não cumprem - vivem criando problemas para si mesmos. Perdem o respeito próprio, têm vergonha de seus atos. A vida destas pessoas consiste em fugir; elas gastam muito mais energia desonrando a palavra, que os honestos gastam para manter seus compromissos.

Se você assumiu uma responsabilidade boba, que resultará em prejuízo de entusiasmo, tempo e dinheiro, não torne a repetir esta atitude. Mas, desta vez, honre sua palavra.

Para JUJU!!!!

quarta-feira, setembro 26, 2007

O combustível


- “Mestre o que é a fé?”

O mestre pediu que o discípulo acendesse uma fogueira. Os dois sentaram-se frente a ela, e ficaram contemplando o fogo.

- “Eis a fé” - disse o mestre. – “É a lenha da fogueira. O combustível que mantém acesa a chama de Deus em nosso coração”.

- “Mas a lenha precisa de uma centelha para transformar-se em luz”.

- “Existem várias centelhas; a mais comum chama-se Vontade. Basta querer ter fé, e ela aparece em nosso caminho”.

- “Mesmo quando passamos uma vida inteira sem acreditar em nada?”

- “Sempre acreditamos, mesmo sem reconhecer ou aceitar, e por isso é tão fácil despertar a centelha. E além do mais, quanto mais vivemos, mais próximos estamos de Deus: a lenha velha queima sempre com mais facilidade”.

terça-feira, setembro 25, 2007

As Três Irmãs


Um feiticeiro que passeava com suas três irmãs quando se aproximou o mais famoso guerreiro daqueles tempos.

"Quero casar-me com uma destas belas moças", disse.

"Se uma delas casar, as outras duas vão se achar feias. Estou procurando uma tribo onde os guerreiros possam Ter três mulheres", respondeu o feiticeiro, afastando-se.

E, durante anos, caminhou pelo continente australiano, sem conseguir encontrar esta tribo.

"Pelo menos uma de nós podia ter sido feliz", disse uma das irmãs, quando já estavam velhas e cansadas de tanto andar.

"Eu estava errado", respondeu o feiticeiro. "Mas agora é tarde".

E transformou as três irmãs em blocos de pedra, para que, quem por ali passasse, pudesse entender que a felicidade de um não significa a tristeza de outros.

Recomeço


“O silêncio não leva a Deus
a noite não me transporta para o alto
e o ocaso é um convite à solidão
Na angústia dos momentos perdidos
o desespero dos minutos sem destino
e a implacável certeza da morte
tudo leva à tua saudade
tua amarga presença
na distância
em que te procuro esquecer
inutilmente”.

segunda-feira, setembro 24, 2007

O que salva o amor



Hoje conto a história de uma ilha onde viviam os principais sentimentos do homem: Alegria, Tristeza, Vaidade, Sabedoria, e Amor. Um dia, a ilha começou a afundar no oceano; todos conseguiram alcançar seus barcos, menos o Amor.

Quando foi pedir a Riqueza que o salvasse, esta disse:

- “Não posso, estou carregada de jóias e ouro”.

Dirigiu-se ao barco da Vaidade, que respondeu:

- “Sinto muito, mas não quero sujar meu barco”.

O Amor correu para a Sabedoria, mas ela também recusou, dizendo:

- “Quero estar sozinha, estou refletindo sobre a tragédia, e mais tarde vou escrever um livro sobre isto”.

O Amor começou a se afogar. Quando estava quase morrendo, apareceu um barco – conduzido por um velho – que o terminou salvando.

- “Obrigado” – disse, assim que se refez do susto.

– “Mas quem é você”?

- “Sou o Tempo” – respondeu o velho. Só o Tempo é capaz de salvar o Amor.

Nenhuma fé




Jesus resolve assistir o grande jogo de futebol entre católicos e protestantes.

Chegam torcidas de todas as partes de mundo, com suas Bíblias, cores e convicções.

O jogo começa. No final do primeiro tempo, um católico pega a bola na área e marca um gol. A torcida urra, Jesus levanta-se e comemora.

No início do segundo tempo, os protestantes empatam a partida. A outra torcida comemora com gritos entusiasmados e agradecimentos aos céus. Jesus torna a levantar-se e comemora, porque todos os seus filhos estão contentes.

"Quem é você, que comemorou os dois gols?", pergunta um torcedor.

"Estou vendo um belo espetáculo", responde Jesus. "E estou me divertindo muito!"

"Já vi tudo", conclui o torcedor. "Você não deve respeitar nenhuma fé".

A alma do mundo


“Através de quantas dimensões deveremos passar, e quantas formas de viver devemos tentar nesta existência? Quantas estradas o homem tem obrigação de percorrer, até chegar ao ponto onde decidiu chegar”?

“A viagem é difícil, longa, as vezes impossível, mesmo assim, conheço poucas pessoas que se deixaram deter por estas dificuldades. Entramos no mundo sem saber direito o que aconteceu no passado, quais as conseqüências que isto nos trouxe, e o que pode nos reservar o futuro. É como se nossos pais estivessem numa caravana - e de repente nascemos, no meio do percurso.

“Procuraremos viajar o mais longe que pudermos. Mas, olhando a paisagem a nossa volta, sabemos que não será possível conhecer e aprender tudo”.

”Então, nos resta lembrar tudo sobre a nossa viagem, para que possamos contar histórias. Aos nossos filhos e netos, vamos relatar as maravilhas que vimos e os perigos que corremos. Eles também nascerão e morrerão, contarão suas histórias aos seus descendentes, e a caravana ainda não terá chegado ao seu destino”.

quarta-feira, setembro 19, 2007

A eternidade é Tua


E, na eternidade, seremos lembrados, não como pontos insignificantes deste mundo real, mas como folhas sadias que, em um certo momento, floresceram nos ramos da Árvore da Vida. Estas folhas caem da árvore, mas não caem no esquecimento, porque Tu sempre Te lembrarás delas.

terça-feira, setembro 18, 2007

A mudança



Geralmente confundido com a famosa frase de Lampedusa: "melhor mudar um pouco, de modo que tudo possa continuar a mesma coisa". E quando pressentimos que chegou a hora de mudar, começamos inconscientemente a repassar um vídeo mostrando todas as nossas derrotas até aquele momento. É claro que, à medida que ficamos mais velhos, nossa cota de momentos difíceis é maior.

Mas, ao mesmo tempo, a experiência nos deu meios de superar essas derrotas, dar a volta por cima, e encontrar um caminho que permitisse seguir adiante. Também precisamos assistir esta fita em no nosso videocassete mental. Atenção: se assistirmos apenas o vídeo da derrota, vamos ficar paralisados. Se nos detivermos no vídeo da experiência, vamos terminar nos julgando mais sábios do que realmente somos.

Melhor sempre ter as duas fitas ao alcance da mão. E, quando chegar o momento de um novo passo, encerrar um ciclo e começar algo diferente.

Como dizer as coisas certas


A história dos dois videntes

Pressentindo que seu país em breve iria mergulhar numa guerra civil, o sultão chamou um dos seus melhores videntes, e perguntou-lhe quanto tempo ainda lhe restava viver.
- “Meu adorado mestre, o senhor viverá o bastante para ver todos os seus filhos mortos”.

Num acesso de fúria, o sultão mandou imediatamente enforcar aquele que proferira palavras tão aterradoras. Então, a guerra civil era realmente uma ameaça! Desesperado, chamou um segundo vidente.

- “Quanto tempo viverei”? – perguntou, procurando saber se ainda seria capaz de controlar uma situação potencialmente explosiva.

- “Senhor, Deus lhe concedeu uma vida tão longa, que ultrapassará a geração dos seus filhos, e chegará a geração dos seus netos”.

Agradecido, o sultão mandou recompensá-lo com ouro e prata. Ao sair do palácio, um conselheiro comentou com o vidente:

- Você disse a mesma coisa que o adivinho anterior. Entretanto, o primeiro foi executado, e você recebeu recompensas. Por quê?

- Porque o segredo não está no que você diz, mas na maneira como diz. Sempre que precisar disparar a flecha da verdade, não esqueça de antes molhar sua ponta num vaso de mel.

segunda-feira, setembro 17, 2007

Dona Baratinha e a moeda


Uma velha estória infantil nos fala de D. Baratinha - que encontrou uma moeda ao varrer sua casa. Depois de ficar muito tempo na janela, escolhendo o pretendente adequado aos seus medos e anseios, terminou casando-se com João Ratão. Como todos sabemos, João Ratão caiu na panela do feijão.
Muitas vezes em nossas vidas, encontramos uma moeda que nos é dada pelo destino, e achamos que este é o único tesouro de nossas vidas. Terminamos por valoriza-lo tanto, que o destino - o mesmo que nos entregou esta moeda - se encarrega de toma-la de volta.
Quem tem muito medo de escolher, sempre escolhe errado.

sexta-feira, setembro 14, 2007

Andrea Doria


Às vezes parecia Que de tanto acreditar Em tudo que achávamos Tão certo...
Teríamos o mundo inteiro E até um pouco mais Faríamos floresta do deserto
E diamantes de pedaços De vidro...
Mas percebo agora Que o teu sorriso Vem diferente Quase parecendo te ferir...
Não queria te ver assim Quero a tua força Como era antes O que tens é só teu E de nada vale fugir E não sentir mais nada...
Às vezes parecia Que era só improvisar E o mundo então seria Um livro aberto...
Até chegar o dia Em que tentamos ter demais Vendendo fácil O que não tinha preço...
Eu sei é tudo sem sentido Quero ter alguém Com quem conversar Alguém que depois Não use o que eu disse Contra mim...
Nada mais vai me ferir É que eu já me acostumei Com a estrada errada Que eu segui E com a minha própria lei...
Tenho o que ficou E tenho sorte até demais Como sei que tens também...

Contraste


Que imagem, que visão obra de arte
Demoliu minha solidão com seu guindaste
De carinho e de clarão que faz contraste com a dor
Peço quase em oração:
-Nunca se afaste amor
Tarde de praia Na minha rede
Tomara que caia Uma criatura assim
Deus que me valha, Canto de sereia, Rabo de arraia
Noite de luar tem fim
Eu dava tudo Você pra mim, tô feito
Eu ganho o mundo
Fui só mergulhar, De repente sumiu de mim

para: Virginia

quinta-feira, setembro 13, 2007

Para manter o diálogo


Minha primeira namorada era uma mulher muito difícil; vivia procurando um motivo para discutir comigo.
Eu nunca respondia as provocações.
Até que, durante um jantar com alguns amigos, eu terminei discutindo ferozmente com minha namorada, surpreendendo a todos na mesa.
- O que aconteceu? - perguntou um amigo.- Por que abandonou seu costume de jamais responder?
- Porque percebi que o que mais perturbava minha namorada era o fato de ficar em silêncio. Agindo assim, eu permanecia distante de suas emoções.
"Minha reação foi um ato de amor, e eu consegui faze-la entender que escutava suas palavras".

Pedras no caminho


Um dia um rei de um pequeno paiz entediado por ter que decidir td no seu reino saiu para analizar seu povo, e em uma pequena estradinha em que passavam muitos viagantes colocou um pedra e se escondeu para que ninguem o visse. O tempo vou passando e por esse caminho passou um mercador que ao ver a pedra ficou chateado por ter que mudar de caminho para passar, logo após veio um soldado que por ñ prestar atençãotropeçouna pedra e caiu, muito chateado ele se levantou e foi embora reclamando daquela pedra em seu caminho. O dia se passava e muitos que passavam por viam a pedra e reclamavam por ela estar atrapalhando o caminho. A noite chegou e quando o rei já estava indo embora ele parou e viu que uma camponesa vinha pelo caminho cantarolando, ela estava carregando um cesta de roupas, parou, e ao ver a pedra logo tentou tira-lá do caminho.
A moça tentou por horas até que conseguiu retiralá do lugar e quando enfim conseguiu reti-la notou que em baixo dela havia um saco com moedas de ouro e um bilhete de dizia:
Estas moedas pertencem a quem retirar essa pedra do caminho.
Ao saber do acontecido os moradores que haviam passado pelo mesmo caminho voltaram e procuraram por mais pedras, mas ñ havia mas nenhuma.

Meus amigos, quantas pedras que aparecem no nosso caminho que ao invés de retila-las damos a volta.

Pensem nisso, a felicidade pode estar embaixo dela.

quarta-feira, setembro 12, 2007

O significado da Paz


Um rei ofereceu um grande prêmio para o artista que melhor pudesse retratar a idéia da paz. Muitos pintores enviaram seus trabalhos ao palácio, mostrando bosques ao entardecer, rios tranquilos, crianças correndo na areia, arco-íris no céu, gotas de orvalho em uma pétala de rosa.
O rei examinou todo o material que lhe foi enviado, mas terminou selecionando apenas dois trabalhos.
O primeiro mostrava um lago tranquilo, espelho perfeito das montanhas poderosas e do céu azul que o rodeava. Aqui e ali se podiam ver pequenas nuvens brancas, e, para quem reparasse bem, no canto esquerdo do lago existia uma pequena casa, a janela aberta, a fumaça saindo da chaminé – o que era sinal de um jantar frugal, mas apetitoso.
O segundo quadro também mostrava montanhas. Mas estas eram escabrosas, os picos afiados e escarpados. Sobre as montanhas o céu estava implacavelmente escuro, e das nuvens carregadas saiam raios, granizo e chuva torrencial.
A pintura estava em total desarmonia com os outros quadros enviados para o concurso. Entretanto, quando se observava o quadro cuidadosamente, notava-se numa fenda da rocha inóspita, um ninho de pássaro. Ali, no meio do violento rugir da tempestade, estava sentada calmamente uma andorinha.
Ao reunir sua corte, o rei elegeu esta segunda pintura como a que melhor expressava a idéia da perfeita paz.
E explicou:
- Paz não é aquilo que encontramos em um lugar sem ruídos, sem problemas, sem trabalho duro, mas o que permite manter a calma em nosso coração, mesmo no meio das situações mais adversas. Este é o seu verdadeiro e único significado.

terça-feira, setembro 11, 2007

Como a trilha foi aberta (história que muito nos ensina a respeito daquilo que escolhemos sem pensar)


Um dia, um bezerro precisou atravessar uma floresta virgem para voltar a seu pasto. Sendo animal irracional, abriu uma trilha tortuosa, cheia de curvas, subindo e descendo colinas.
No dia seguinte, um cão que passava por ali, usou essa mesma trilha para atravessar a floresta.Depois foi a vez de um carneiro, líder de um rebanho, que vendo o espaço já aberto, fez seus companheiros seguirem por ali.
Mais tarde, os homens começaram a usar esse caminho: entravam e saíam, viravam à direita, à esquerda, abaixavam-se, desviavam-se de obstáculos, reclamando e praquejando – com toda razão. Mas não faziam nada para criar uma nova alternativa.
Depois de tanto uso, a trilha acabou virando uma estradinha onde os pobres animais se cansavam sob cargas pesadas, sendo obrigados a percorrer em três horas uma distância que poderia ser vencida em trinta minutos, caso não seguissem o caminho aberto por um bezerro.
Muitos anos se passaram e a estradinha tornou-se a rua principal de um vilarejo, e posteriormente a avenida principal de uma cidade. Todos reclamavam do trânsito, porque o trajeto era o pior possível.
Enquanto isso, a velha e sábia floresta ria, ao ver que os homens tem a tendência de seguir como cegos o caminho que já está aberto, sem nunca se perguntarem se aquela é a melhor escolha.

domingo, setembro 09, 2007

O poço e o seu segredo


Numa pequena aldeia de Marrocos, um homem contemplava o único poço de toda a região.
Um garoto aproximou-se:
- O que tem lá dentro? – quis saber
- Deus.
- Deus está escondido dentro deste poço?
- Está
- Quero ver – disse o garoto, desconfiado.
O velho pegou-o no colo e ajudou-o a debruçar-se na borda do poço. Refletido na água, o menino pode ver o seu próprio rosto.
- Mas este sou eu – gritou.
- Isso mesmo – disse o homem, tornando a colocar delicadamente o menino no chão. Agora você sabe onde Deus está escondido.

sexta-feira, setembro 07, 2007

Não lembra...


Lembra a gente era tão feliz, Por que você mudou assim, Mudou assim tão de repente
Não vê...
Que o meu olhar escureceu, E a minha voz emudeceu, Meu coração está deserto
Não vê...
A minha lagrima de amor, Que a minha vida está sem cor, Que eu só te quero do meu lado
Não lembra...
Eu era a tua alma gemea
Não lembra
O meu chamego com você
Que pena eu ainda te amo
Mais teu peito cigano
Nunca vai corresponder ao meu amor
Você...
...........................................................................for (nina)

quarta-feira, setembro 05, 2007

O círculo da alegria


Conta Bruno Ferrero que, certo dia, um camponês bateu com força na porta de um convento. Quando o irmão porteiro abriu, ele lhe estendeu um magnífico cacho de uvas.
- Caro irmão porteiro, estas são as mais belas produzidas pelo meu vinhedo. E venho aqui para dá-las de presente.
- Obrigado! Vou leva-las imediatamente ao Abade, que ficará alegre com esta oferta.
- Não! Eu as trouxe para você.
- Para mim? – o irmão ficou vermelho, porque achava que não merecia tão belo presente da natureza.
- Sim! – insistiu o camponês. – Porque sempre que bati na porta, você abriu. Quando precisei de ajuda porque a colheita foi destruída pela seca, você me dava um pedaço de pão e um copo de vinho todos os dias. Eu quero que este cacho de uvas traga-lhe um pouco do amor do sol, da beleza da chuva, e do milagre de Deus, que o fez nascer tão belo.
O irmão porteiro colocou o cacho diante de si, e passou a manhã inteira a admira-lo: era realmente lindo. Por causa disso, resolveu entregar o presente ao Abade, que sempre o havia estimulado com palavras de sabedoria.

O Abade ficou muito contente com as uvas, mas lembro-se que havia no convento um irmão que estava doente, e pensou:
“Vou dar-lhe o cacho. Quem sabe, pode trazer alguma alegria à sua vida.”
E assim fez. Mas as uvas não ficaram muito tempo no quarto do irmão doente, porque este refletiu:
“O irmão cozinheiro tem cuidado de mim por tanto tempo, alimentando-me com o que há de melhor. Tenho certeza que se alegrará com isso.”
Quando o irmão cozinheiro apareceu na hora do almoço, trazendo sua refeição, ele entregou-lhe as uvas.
- São para você – disse o irmão doente. – Como sempre está em contacto com os produtos que a natureza nos oferece, saberá o que fazer com esta obra de Deus.
O irmão cozinheiro ficou deslumbrado com a beleza do cacho, e fez com que o seu ajudante reparasse a perfeição das uvas. Tão perfeitas, pensou ele, que ninguém para aprecia-las melhor que o irmão sacristão; como era ele o responsável pela guarda do Santíssimo Sacramento, e muitos no mosteiro o viam como um homem santo, seria capaz de valorizar melhor aquela maravilha da natureza.
O sacristão, por sua vez, deu as uvas de presente ao noviço mais jovem, de modo que este pudesse entender que a obra de Deus está nos menores detalhes da Criação. Quando o noviço o recebeu, o seu coração encheu-se da Glória do Senhor, porque nunca tinha visto um cacho tão lindo. Na mesma hora lembrou-se da primeira vez que chegara ao mosteiro, e da pessoa que lhe tinha aberto a porta; fora este gesto que lhe permitira estar hoje naquela comunidade de pessoas que sabiam valorizar os milagres.
Assim, pouco antes do cair da noite, ele levou o cacho de uvas para o irmão porteiro.
- Coma e aproveite – disse. – Porque você passa a maior parte do tempo aqui sozinho, e estas uvas lhe farão muito feliz.
O irmão porteiro entendeu que aquele presente tinha lhe sido realmente destinado, saboreou cada uma das uvas daquele cacho, e dormiu feliz.
Desta maneira, o círculo foi fechado; o círculo de felicidade e alegria, que sempre se estende em torno das pessoas generosas.

terça-feira, setembro 04, 2007

Culpando os outros


Todos nós já escutamos nossa mãe dizendo a respeito de nós mesmos: “meu filho fez isto porque porque perdeu a cabeça, mas - no fundo - é uma pessoa muito boa”.
Uma coisa é viver culpando-se por atos impensados que nos fizeram errar; a culpa não nos leva a lugar nenhum, e pode nos tirar o estímulo de melhorar. Outra coisa, porém, é viver se perdoando por tudo que fazemos; agindo assim, nunca seremos capazes de corrigir nosso caminho.
Existe o bom senso, e devemos julgar o resultado de nossas atitudes - e não as intenções que tivemos ao realiza-las. No fundo, todo mundo é bom , mas isto não interessa.
Disse Jesus: “é pelos frutos que se conhece a árvore”.
Diz um velho provérbio árabe: “ Deus julga a árvore por seus frutos, e não por suas raízes”.

As quatro forças


Lí uma vez numa entrevista de um parde que para a construção de nossa alma, precisamos das Quatro Forças Invisíveis: amor, morte, poder e tempo.
É necessário amar, porque somos amados por Deus. É necessária a consciência da morte, para entender bem a vida.
É necessário lutar para crescer - mas sem cair na armadilha do poder que conseguimos com isto, porque sabemos que ele não vale nada.
Finalmente, é necessário aceitar que nossa alma - embora seja eterna - está neste momento presa na teia do tempo, com suas oportunidades e limitações. Assim, temos que agir como se o tempo existisse, fazer o possível para valorizar cada segundo.
Estas Quatro Forças não podem ser tratadas como problemas a serem resolvidos, porque estão além de qualquer controle. Precisamos aceita-las, e deixar que nos ensinem o que precisamos aprender.

A corrida de bicicleta


A vida é como uma grande corrida de bicicleta - cuja meta é cumprir a lenda Pessoal.
Na largada, estamos juntos - compartilhando camaradagem e entusiasmo. Mas, a medida que a corrida se desenvolve, a alegria inicial cede lugar aos verdadeiros desafios: o cansaço, a monotonia, as dúvidas sobre a própria capacidade.
Reparamos que alguns amigos desistiram do desafio - ainda estão correndo, mas apenas por que não podem parar no meio de uma estrada; eles são numerosos, pedalam ao lado do carro de apoio, conversam entre si, e cumprem uma obrigação.
Terminamos por nos distanciar deles; e então somos obrigados a enfrentar a solidão, as surpresas com as curvas desconhecidas, os problemas com a bicicleta. E, ao cabo de algum tempo, começamos a nos perguntar se vale a pena tanto esforço.
Sim, vale a pena. É só não desistir.

segunda-feira, setembro 03, 2007

Apolo e Daphne


O deus Apolo persegue a ninfa Daphne pelo bosque. Está apaixonado por ela, mas Daphne - sempre cortejada por todos - não aguenta mais o seu próprio brilho, e pede ajuda aos deuses, dizendo:
“ Destroi esta beleza que nunca me deixa em paz”
Os deuses escutam o apelo de Daphne e a transformam numa árvore, o loureiro. Apolo não consegue mais encontra-la, pois agora ela é apenas uma parte da vegetração.
Daphne agiu de uma maneira que todos nós conhecemos bem: muitas vezes matamos nossos talentos, porque não sabemos o que fazer com eles.
É mais confortável a mediocridade de ser apenas “mais um”, do que a luta para mostrar tudo aquilo do que somos capazes de fazer com os dons que Deus nos deu.

Qual o sentido das coroas


Quando Moisés subiu ao céus para escrever determinada parte da Bíblia, o Todo Poderoso pediu para que desenhasse pequenas coroas em cima de algumas letras da Torah.
Moisés disse:
- Criador do Universo, por que colocar estas coroas?
-Porque daqui a cem gerações, um homem chamado Akiva irá interpretar o verdadeiro significado destes desenhos.
- Mostre-me a interpretação deste homem - pediu Moisés.
O Senhor levou Moisés ao futuro, e colocou-o numa das aulas do rabino Akiva. Um aluno perguntava:
- Rabino, por que estas coroas desenhadas em cima de algumas letras?
- Não sei - respondeu Akiva. - E acredito que nem Moisés sabia. Mas como ele era o maior de todos os profetas, fez isto apenas para nos ensinar que, mesmo sem compreender tudo que o Senhor faz, ainda assim devemos fazer o que nos pede.
E Moisés pediu perdão ao Senhor.

O sapo e a água quente (uma lição de vida)


Vários estudos biológicos demostram que um sapo colocado num recipiente com a mesma água de sua lagoa, fica estático durante todo o tempo em que aquecemos a água, mesmo que ela ferva. O sapo não reage ao gradual aumento de temperatura (mudanças de ambiente) e morre quando a água ferve.
Inchado e feliz.
Por outro lado, outro sapo que seja jogado nesse recipiente com a água já fervendo, salta imediatamente para fora. Meio chamuscado, porém vivo!
Às vezes, somos sapos fervidos. Não percebemos as mudanças. Achamos que está tudo muito bom, ou que o que está mal vai passar - é só questão de tempo. Estamos prestes a morrer, mas ficamos boiando, estáveis e apáticos, na água que se aquece a cada minuto. Acabamos morrendo, inchadinhos e felizes, sem termos percebido as mudanças à nossa volta.
Sapos fervidos não percebem que além de ser eficientes (fazer certo as coisas), precisam ser eficazes (fazer as coisas certas). E para que isso aconteça, há a necessidade de um contínuo crescimento, com espaço para o diálogo, para a comunicação clara, para dividir e planejar, para uma relação adulta. O desafio ainda maior está na humildade em atuar respeitando o pensamento do próximo.
Há sapos fervidos que ainda acreditam que o fundamental é a obediência, e não a competência: manda quem pode, e obedece quem tem juízo. E nisso tudo, onde está a vida de verdade? É melhor sair meio chamuscado de uma situação, mas vivos e prontos para agir.