sexta-feira, novembro 10, 2006

Asas Cortadas

Eu, pássaro perdido, que avoou sem medo, quando era menino...Sério, eu chego a me lembrar e logo chega o mundo, pra intimidar. Eles gritam e conseguem me assustar, eu me sinto gaivota sobre o mar, que afundou as asas nas manchas de óleo ao mergulhar, e agora não consegue mais voar...Um dia eu vou voar...Sei , sei tudo que posso, mas vem essa lei e impõe o ócio... quem tem um olho é rei... Se eu desafiar, incomodarei. Vez em quando bate um vento por aqui, abro as minhas asas pra tentar subir... Mas com tanto tempo preso a essas grades, me esqueci, e agora tenho medo de cair. Venha das alturas me salvar, no maciço da Tijuca pousará... Onde as nuvens se debruçam, e eu não canso de esperar... Sua liberdade me libertará. Abra as suas asas, vai sem medo, vai, vai ganhar o céu... Quem provou da liberdade, não terminará, preso as próprias grades. Um dia eu vou voar...Eu já vivi no ar...Vem me ver voar.

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